[Resenha] Uma Curva no Tempo - Dani Atkins



★★★★★

Antes de tudo eu preciso aconselhar que quem está pretendendo ler Uma Curva no Tempo seguido de Beleza Perdida, não é uma boa ideia. Na verdade é uma péssima ideia.
Porém, mesmo agora enquanto escrevo essa resenha, não poderia me importar menos pelo que passei nesses últimos dias no quesito emoção. Foi uma semana cheia de lágrimas e livros inesquecíveis.

Uma Curva no Tempo foi uma deliciosa surpresa. A sinopse do livro não nos diz muito, de certa forma nos deixa muito confusos. Como assim ela está triste, feliz, decepcionada, realizada, culpada, bem sucedida, sortuda e incrivelmente azarada, tudo ao mesmo tempo? Bem, ao longo da leitura a gente descobre o porquê de sentimentos tão diferentes numa mesma personagem.

A noite do acidente mudou tudo... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim... Ou funciona?
A noite do acidente foi uma grande sorte... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças de uma vida muito diferente?

Vou logo dizendo que eu não dava nada por esse livro, a capa é linda é claro, mas pela sinopse me parecia um livro sem sentido. Não me perguntem porque eu comecei a lê-lo, pois não lembro muito bem, acho que por pensar que ele seria uma leitura leve para passar o tempo. Nem preciso dizer que me enganei vergonhosamente. O livro é totalmente o oposto.

Logo primeiro capítulo já somos sugados inteiramente na história, a principal e primordial coisa acontece bem nesse ponto, e é a partir daí que todo o enredo se desenrola. Um acidente acontece, a Rachel perde uma pessoa muito importante, e de repente nada mais é leve e comum. Eu não vou dizer quem é que acaba morrendo nesse acidente, porque acho que é um dos pontos principais da história, mas posso dizer que só nesse capítulo eu me apaixonei pelo livro. Ao longo da leitura vamos ficando cada vez mais confusos, mas de uma forma simplesmente maravilhosa. A cada página virada eu ficava tipo: O que está acontecendo aqui?
Minha primeira vida terminou às 22h37 de uma noite chuvosa de dezembro, em uma rua deserta ao lado da velha igreja.
Minha segunda vida começou umas dez horas depois, quando acordei sob o brilho ofuscante das luzes do hospital, com um grande ferimento na cabeça e uma existência da qual eu não tinha absolutamente nenhuma lembrança. Estava cercada pela família e por amigos, o que deveria ter tornado as coisas melhores. Mas isso não aconteceu, pois um deles estava morto havia um tempo considerável.
A Rachel é uma personagem comum, sem grandes atrativos, mas é uma personagem honesta e singular. A cada capítulo ela se encontra em uma realidade totalmente diferente da vivida anteriormente, em um ela é bem sucedida e feliz, e em outro capítulo ela está cada vez pior até o ponto de ruptura total. Aos poucos nos confundimos qual das duas vidas é a real, e torcemos realmente que a pior delas não seja a de verdade.

Em uma das vidas paralelas ela está cada vez mais envolvida com um amor da adolescência, um amor que parecia impossível agora, mas antes já dava sinais de estar presente. A dose de romantismo é o que deixa o livro tão maravilhoso. É obvio que a pegada meio esquisita de estar ao mesmo tempo em vidas diferentes é muito interessante, mas o amor entre eles é que deixa tudo mais fofo e adorável.

O fim o livro me emocionou muito, ao mesmo tempo eu odiei e adorei. Ao longo do livro as coisas vão se encaixando e deixando de ser tão confusas. Eu esperava que o final fosse um pouco diferente, mas confesso que mesmo não sendo do jeito que eu queria as últimas páginas foram tão perfeitas quanto as primeiras.

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